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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

l Modalidade EaD como pressuposto para o Conformismo Universitário

Por Cássio José
Extraído do blog Língua Portuguesa e Sociedade:
Início de conversa:
É sabido que as discussões da modalidade EaD como requisito para as perspectivas do Ensino Superior não tem sido de hoje. É um ganho, uma vitória e iniciativa louvável, sobretudo para os menos favorecidos e pobres do país para a universalização e igualdade do Ensino Universitário para todos (não é esse o discurso do governo?).
              
Sendo assim, muitas políticas públicas voltadas para esse propósito tem andado a passos de tartaruga e vista ante nossos olhos como algo indelével e sonhador. No nosso caso – estando à frente de muitas localidades - , estamos sendo protagonistas desse projeto em Camocim, por ser a primeira turma de Letras iniciada nos parâmetros de 2008.2. Tanto que o chamado “preconceito em Ead” (se o termo ainda não existe, eu o dou livre acesso para a sua expansão nos artigos e ensaios mundo afora após o batismo do mesmo desde que referenciado, CLARO!), diminuiu bastante em Camocim. Isso é uma constatação local.

Mas, essa minimização de preconceitos tem acontecido devido o nível que a nossa turma tem desempenhado e por sermos profissionais do Magistério em uso (ou os colegas são ingênuos De desconhecimento de que somos conhecidos por aí e apontados com expressões do tipo: olha aquele professor de escola tal estuda no na UAB/UFC ?) i.é: somos marketings do academicismo que fazemos parte e estamos vendendo o produto modalidade Ead a distância. 


1. Um olhar ao Instituto Virtual da UFC confrontando com outras realidades de Ensino a Distância   

Nós, alunos da Universidade Federal do Ceará temos orgulho e nos dedicamos a faculdade que fazemos parte. Não somos os melhores. Mas esforçamo-nos para aprender o que nos é proposto pelas ementas de cada disciplina que estamos percorrendo. No entanto, alguns questionamentos podem ser feitos:

O conteúdo que estudamos e material didático, é o mesmo do encontro presencial da UFC em Fortaleza e campus? E a dedicação e cobrança dos tutores são eficazes de maneira que há uma fiscalização objetivando o bom andamento das turmas? E por que não temos em Camocim um Campus da Universidade Federal do Ceará? Quando o coordenador do nosso curso porá os pés em Camocim?

Sei que posso ser entendido com deboche por alguns colegas. Mas não podemos aceitar “goela abaixo” o fato de termos em nossas mãos a oportunidade de fazer uma faculdade a distância não tanto planejada ainda que seja a Universidade Federal do Ceará. Sei também que a que fazemos aparenta ter zelo e planejamento perspicaz por parte das “coordenações”.

Creio que depois de mais de 3 anos de UFC em Camocim já deveríamos ter o privilégio de conhecermos a UFC em Fortaleza e esta ter desejo de vir a Camocim com pelo menos a coordenação geral e o corpo docente para algum tipo de Congresso ou Semana Acadêmica de vergonha.  Deixo claro, no entanto,  já aqui, que não estou querendo criar afronta. Quero antes, expor questionamentos, muito embora no último dia do fórum.
2. O direito de escolha para o neo-acadêmico

Mesmo com as universidades abrindo espaço na modalidade em EaD, não pode deixar com que a população em geral não tenha o direito de escolher o tipo de universidade que se queira fazer. É mito pregar por aí que a EaD seja a modalidade por excelência ou a única que pode ser a salvadora da pátria. Sabemos bem que existe todo um apanhado de teias de aranhas que a circunda.  Já ouvi muita gente dizer que quem faz a faculdade é o aluno. No entanto, se as universidades não brigam pelo melhor no seu corpo docente para ter os melhores no seu exército discente a ser formado não se pode levar esse provérbio a vigor.

Não se pode tornar obrigatoriedade ou única opção de “escolha” a EaD. Deve-se, antes, abrir opção de escolha.

3. Considerações minhas:

Sabe-se que a caminhada da Educação passou por transformações positivas, mas herdou-se tristes constatações de analfabetismo e descaso, por exemplo, para com o corpo docente brasileiro e formação dos brasileiros em si.
Hoje, tenta-se “voltar atrás” com desespero de iniciativas públicas e políticas com o aproveitamento barato do grito do magistério esperançoso de mudança na área do Palco do Saber. Sendo assim temos vários projetos e iniciativas para minimizar essa triste herança que vemos hoje nas salas de aula e atitudes de cidadãos brasileiros que foram-se burrificando com o passar do tempo nos moldes do colonialismo inicial.
Quando se trata do Ensino Superior, temos muitas perspectivas e desejamos de fato por “olhos nos estudos”, “cara nos livros”... No entanto, se toda essa gama de incentivas e perspectivas que se usa na EaD estivesse consubstanciado com o Encontro Presencial como se tem nas universidades, estaríamos cheios de privilégios.
Por mais que tenhamos a máquina e a didática modernizada ante nossos olhos, é bem diferente se tudo isso que é a EaD fosse numa universidade em que tivéssemos aulas todos os dias com professores presenciais. No dia que o aluno não tiver professor para aprender, isso não será educação superior. Será antes, pressuposto de academicismo barato com o intuito de colar grau com desespero.
Concluo dizendo que cresceríamos e aprenderíamos mais ainda se toda esse apanhado de iniciativas em EaD fosse num regime de aulas presenciais com professores nitidamente e palpavelmente presenciais.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

poesia: Abuso e exploração sexual

Exponho aqui uma poesia feita por um aluno da E.E.F. Idelzuite Tavares Carneiro sob as perspectivas de combate ao abuso e exploração sexual.

Abuso e Exploração sexual



O abuso sexual
É ruim para a população
E se alguém lhe abusar
Coloque ele na prisão!

O abuso sexual
Não deve ser praticado
E o homem que pratica
Deve ser processado

A exploração sexual,
Para nada é aproveitada.
E a pessoa que faz isso,
Não presta para nada.

O abuso sexual,
É uma coisa horrível.
Nem pense nisso,
Se você é sensível

O homem mais velho,
Gosta de abusar o mais novo.
Se ele tentar lhe abusar,
Grite, e peça socorro.


Crianças e adolescentes,
São os mais abusados.
Eles não querem isso,
Mas são obrigados.

No nosso Brasil,
Muitos são explorados.
E se alguém lhe explorar,
Vá traz dos delegados.

O boto não existe!
Essa história é ilusão.
Se alguém dele falar,
Não acredite não!

Aluno: Mayk Kelly Costa dos Santos
Turma: 7°ano A.