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terça-feira, 22 de maio de 2012

Nove Noites: um labirinto de vozes!




Cássio José dos Santos Sousa
Graduando em Letras pela Universidade Federal do Ceará
Instituto UFC Virtual

Resumo: Pegando como pressuposto o livro Nove Noites, de Bernardo Carvalho, publicado em 2002 e já alcançado consagração; e, as concepções da pós-modernidade, como pano de fundo para nossa análise, este ensaio busca traçar uma linha de estudo sobre a polifonia, conceito definido e teorizado por Mikhail Bakhtin. Carvalho trabalha com a multiplicidade de vozes na construção de seu enredo, de maneira que se adentre na encruzilhada da estética defendida como pós-moderna e/ou contemporânea. Quantas vozes ou narradores há na obra mencionada? Realidade e ficção podem configurar-se nessa estética de maneira que haja uma combinação ou uma delas se sobressai? E o que dizer da descontinuidade no enredo? Eis aí algumas propostas que se identificam como características da pós-modernidade. Trataremos aqui, no entanto, do dialogismo polifônico bakhtiniano em Nove Noites.    

Palavras- chave: Bernardo Carvalho, Nove Noites, Polifonia, Bakhtin.

Ninguém nunca me perguntou, e por isso também nunca precisei responder. Todo mundo quer saber o que sabem os suicidas...
Ninguém nunca me perguntou, e por isso nunca precisei responder que a representação do inferno, tal como a imagino, também fica, ou ficava, no Xingu da minha infância... 
Eu só queria sair dali. O que estávamos fazendo no meio do inferno, por um trabalho inglório, que seria engolido em poucos anos? 
(Nove Noites - Bernardo Carvalho)

AS TEORIAS DE APRENDIZAGEM E AS PRÁTICAS EDUCACIONAIS – UM OLHAR SOBRE VIGOTSKY



Por Cássio José
Universidade Federal do Ceará - UFC

“Há formas de cultura que são adquiridas fora da escola, fora de toda autoformação metódica e teorizada, que não são o fruto do trabalho do esforço, nem de nenhum plano: nascem da experiência direta da vida, nós a absorvemos sem perceber; vamos em direção a elas seguindo a inclinação da curiosidade e dos desejos; eis o que chamarei de cultura primeira”. – Snyders (1988, p. 23).
        

1.      Pressupostos iniciais:

Percebemos no momento atual um olhar positivo para aqueles que, de alguma maneira, contribuíram nas discussões sobre o processo de ensino-aprendizagem. Este foi, durante muito tempo, entendido como consequência natural do processo de ensino. Nem todos os teóricos, todavia, pensam dessa maneira.   
Tendo como pressuposto a Escola e sua ação em meio à sociedade; e, algumas das teorias educacionais, como pano de fundo, queremos fazer uma reflexão sobre o que se baseiam algumas dessas teorias, que aqui serão elencadas, para a nossa análise. 

OS SETE SABERES NECESSRÁRIO À EDUCAÇÃO DO FUTURO (Edgar Morin)


Por Cássio José
             
Edgar Morin tece uma abordagem acerca da “Educação do Futuro” apresentando-nos algumas dificuldades que são rotuladas de buracos negros ou brechas, como diagnóstico ou pressupostos, para entendermos como se deve lidar com esse leque de dificuldades que, muitas vezes, são ignorados, subestimados ou mesmo fragmentados no processo de ensino-aprenzagem da juventude atual. Estes, uma vez que se tornarão cidadãos, devem ter consciência do que está acontecendo para que os buracos negros sejam amenizados.
A lista de buracos sequencia-se da seguinte maneira, de acordo com o artigo mencionado: O Conhecimento, O não ensino de um conhecimento pertinente, A Identidade Humana, A Compreensão Humana, A Incerteza, A Condição Planetária e o que é intitulado de Antropo-ético. Eis aí, então, as deficiências em que se devem ser trabalhadas para que se tenha um melhoramento na Educação do Futuro.