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sábado, 2 de julho de 2011

A importância da poesia de Alda Espírito Santo, Maria Manuela Margarido e Conceição Lima (LALP)




 Os escritores Alda Espírito Santo, Maria Margarido e Conceição Lima, dentro das Poesias e narrativas de São Tomé e Príncipe, tiveram sua importância enquanto literatos dessa região. Sabe-se que em São Tomé e Príncipe a literatura começa de uma forma dramática popular. O que pode-se entender para com os três autores aqui citados é o destaque à importância da negritude. Isso faz com que os autores deem  alicerce para com a literatura de São Tomé e Príncipe.   

Alda Espírito Santo (n.1926. Em 2009 São Tomé festejou seus 83 anos com festas), que vinha de um percurso em publicações espaçadas de poemas, inclusive no Poesia Negra de Expressão Portuguesa, editada pela Casa dos Estudantes do Império, tem no volume É nosso o solo sagrado da Terra (1978) a reunião de seus poemas. Alda, tanto quanto Francisco José Tenreiro e Marcelo da Veiga, elabora uma obra que vem a constituir fundamento da literatura nacional tomé-princense. Ainda sobre Alda Espírito Santo, segundo Fernando Martinho, “o arrebatado e impetuoso lirismo dessa poesia significa, entre outras coisas, o acentuar dessa marca individual da crença na capacidade transformadora que o sujeito joga numa História em permanente mutação”. (in África, jan-mar. 1979).

Maria Manuela Margarido (1925-2007) põe-se ao lado de Alda, Tenreiro e Veiga, com a mesma direção ideológica e lírica. Autora de Alto Como o Silêncio (1957), volume integrante da coleção portuguesa intitulada “Novo Cancioneiro”, sua poesia “cria a metáfora da esperança, não como mito ou utopia, mas como realidade sentida, física, vivida. [...] O verbo de Maria Manuela Margarido é essa realidade; daí a certeza inscrita no devir histórico: “No céu perpassa a angústia austera/ da revolta/ com suas garras suas ânsias suas certezas” [“Paisagem”. In: MARGARIDO, A. (Org.) Poetas de São Tomé e Príncipe, 1963, p.81].

A demanda pós-colonial se fecha com a poesia de Conceição Lima, “cuja estréia ocorre em livro com a coletânea O Útero da Terra (Lisboa: Editorial Caminho, 2004). Passados dois anos, a autora nos deu seu segundo livro A Dolorosa Raiz do Micondó (Lisboa: Editorial Caminho, 2006).
      
Por Cássio José

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