Por Cássio José
Universitário pela UFC em Letras – Português
e Pós-Acadêmico pela FALC
Email: cassiojoseufc@gmail.com
Facebook: http://www.facebook.com/cassio.jose.167
Apesar de
estarmos na modernidade e vermos toda uma discrepância para com a Páscoa e a
Semana Santa, percebemos alguns grupos religiosos vivenciar e festejar tal
momento com intensidade. Queremos, inicialmente, fazer algumas considerações
iniciais: O que significa e qual o sentido da Semana Santa, ou “Semana Maior”,
como chamam os católicos? E: Por que se chama Semana Santa se toda semana é “santa”
por natureza divina?
A verdade
e fundamentos são bíblicos e religiosos. Foi nesta semana (A Semana Santa), que
um homem judeu chamado Jesus de Nazaré deu sua vida pela humanidade! Foi na sua
última semana nesta terra como homem, que Ele subiu a cruz de madeira para
remir e salvar a humanidade. Veja:
“Sendo ele de condição divina, não se
prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a
condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente
reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a
morte, e morte de cruz. Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o
nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo
joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória
de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor”. (Filipenses
2, 6-11)
Sendo
assim, os cristãos se preparam para esse evento grandioso e foi o maior espetáculo
da face da terra: Sua Paixão na Cruz,
Morte e Ressurreição ao terceiro dia. Antes, porém, temos toda uma
preparação para esse momento. Para os católicos, antecedem à Páscoa a Quaresma
e a Semana Santa, continuidade mais intensa em preparação para a Páscoa.
É
importante expormos aqui que a Quaresma remete a uma preparação bem intensa
para a Páscoa, Ressurreição de Jesus. Neste período, percebemos as seguintes reflexões
bíblicas:
No
Antigo Testamento, o número 40 ocorre muitas vezes relacionado a momentos
significativos da história bíblica. Entre tantas ocorrências, quatro são
destaques no Antigo Testamento:
·
O período do dilúvio foi de 40 dias (Gn 7,4);
·
Os hebreus caminharam 40 anos pelos desertos até atingir Canaã (Js
5 e 6);
·
A duração do bom reinado de Davi foi de 40 anos (2Sm 5,4);
·
Elias caminhou 40 dias para encontrar com Deus no Sinai (lRs 19,8).
Estas
quatro ocorrências estão ligadas a eventos fundantes e significativos na
história bíblica do Antigo Testamento.
No
Novo Testamento vemos que Jesus passou 40 dias sendo tentando por Satanás no
deserto (Mateus 4,1-12).
Por
tanto, a Quaresma seria um momento mais intenso de preparação para a
Ressurreição do Senhor sob a prerrogativa de uma vida de conversão e retorno ao
Senhor.
Após
a Quaresma, dá-se início a Semana Santa.
Ela começa no tradicional Domingo de Ramos.
A
Semana Santa é o grande retiro espiritual, convidando os cristãos à conversão e
renovação de vida. Ela se inicia com o Domingo de Ramos e se estende até o
Domingo da Páscoa. É a semana mais importante do ano litúrgico, quando se
celebram de modo especial os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus
Cristo.
No
Domingo de Ramos, celebra-se a entrada de Jesus em Jerusalém, aonde vai para
completar sua missão, que culminará com a morte na cruz. Os evangelhos relatam
que muitas pessoas homenagearam a Jesus, estendendo mantos pelo chão e
aclamando-o com ramos de árvores. Por isso hoje os fiéis carregam ramos,
recordando o acontecimento. Imitando o gesto do povo em Jerusalém, querem
exprimir que Jesus é o único mestre e Senhor.
Nesta
Semana, vemos alguns pontos fortes:
A
Quinta-Feira Santa: É um convite a aprofundar concretamente no mistério da Paixão de
Cristo, já que quem deseja seguí-lo deve sentar-se à sua mesa e, com o máximo
recolhimento, ser espectador de tudo o que aconteceu na noite em que iam
entregá-lo. Vemos a Ceia de Jesus e o Lava-pés.
A Sexta-Feira da Paixão:
A tarde de Sexta-feira Santa apresenta o
drama imenso da morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo segue
de pé como sinal de salvação e de esperança. Com a Paixão de Jesus segundo o
Evangelho de João comtemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do
discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado. É neste dia, que
toda o Cristianismo recorda que Jesus de Nazaré deu sua vida por nós,
tornando-nos novas criaturas. Os católicos fazem jejuns e práticas sociais de
ajuda ao próximo. Os evangélicos geralmente fazem show de louvor e adoração a
Deus por tal acontecimento histórico.
O Sábado de Aleluia ou Vigília
Pascal: "Segundo uma antiqüíssima tradição, esta é a noite de vigília
em honra do Senhor (Ex 12, 42). Os fiéis, tal como recomenda o evangelho (Lc
12, 35-36), devem asemelhar-se aos criados, que com as lâmpadas acesas nas
mãos, esperam o retorno do seu senhor, para que quando este chegue os encontre
velando e os convide a sentar à sua mesa"
(Missal Romano, pg 275). É no Sábado de Aleluia que fazemos como os apóstolos e
Maria Madalena fez: Vamos ao sepulcro aguardar a pedra ser removida pelo anjo e
festejarmos a vitória sobre a morte e sobre todo o Mal.
E
finalmente, chegamos no Domingo de
Páscoa ou o Dia da Ressurreição do Senhor. Pois Cristo Ressuscitou: Aleluia!
Aleluia! É o Ápice, o ponto mais alto do Cristianismo: Se Jesus não
tivesse ressuscitado, vã seria a nossa fé!, afirmou o apostolo Paulo.
Diferente
do que vemos na mídia em geral, que tenhamos consciência do real significado da
Páscoa: Assim como o povo de Israel atravessou a pé enxuto pelo mar vermelho,
todos nós fizemos uma espécie de travessia quando Jesus, o Novo Moisés, usou o
novo cajado: o seu sangue, para redimir e salvar toda a humanidade que estava
perdida. Dessa maneira, a Páscoa, é recordação em forma de comemoração que um
dia um povo foi liberto da escravidão do Egito e nós, fomos libertos da
escravidão do pecado para uma vida nova, vida em Cristo Jesus!
E quanto
ao coelho e ovo de chocolate? Bem, quem põe ovo é galinha e não coelho! E ,
quanto ao ovo de chocolate, nós podemos sim, comer, dar de presente e promover moimentos
de fraternidade. Mas, quando lembramos da Páscoa, que os nossos olhos e
pensamentos estejam fixos ao homem que morreu na cruz de madeira e ao terceiro
dia, ressuscitou com glória e majestade. Este sim é “o Cara!” e nosso verdadeiro Herói. Viva a Jesus! Aleluia e aleluia!
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