Por
Cássio José
Graduando em Licenciatura Plena em Letras-Português pela UFC
Pós-Graduando em Língua Portuguesa com Ênfase em Literatura Brasileira pela FALC
1.
Pressupostos
Iniciais
Coutinho (1979, p. 17) traz uma
definição simples acerca da Filolofia:
“Filologia é a ciência que estuda a literatura de um povo ou de uma
época e a língua que lhe serviu de instrumento”.
A Fiologia, segundo Silva Neto
(1957) encerra todos os estudos possíveis acerca de uma língua ou grupos de
línguas: Filologia portuguesa, Filolofia indo-europeia. Isso faz com que ela
dependa majoritariamente de documentos escritos.
O estudo das divergências entre
línguas da mesma origem é que provocou o aparecimento da Filologia em 1816 com
a obra Sistema de Conjugação Sânscrito em
comparação com o Grego, o Latim, o Persa e o Germânico, escrita pelo
cientista alemão Franz Bopp (1791-1867).
Fançois Juste Marie Raynouard foi
o primeiro a elaborar um estudo literário-linguístico de uma língua de origem
latina, o provençal. Devido ao merito de sua obra, ele recebeu o título de “Pai
da Filologia Românica”. Segundo Raynouard, as principais línguas da Europa
procederiam do latim, mas por intermedio de uma língua românica, idêntica ao
provençal antigo, e que teria sido falada entre o século VII e IX.
2.
Neogramáticos
Os
neogramáticos discutem a diversidade das línguas geograficamente na face do
planeta pelo processo de diversificação regular dos sons, ao longo do tempo.
Saussure (1971, p.230) escreveu que “diversidade geográfica é, pois, um aspecto
secundário do fenômeno geral. A unidade de idiomas aparentados só pode ser
achada no tempo. Trata-se de um princípio de que o comparatista se deve imbuir
se não quiser ser vítima de lamentáveis ilusões”.
Sendo assim,
percebe-se que o caráter historicista a neogramática advém da herança
metodológica da filologia românica e germânica. Isso faz com que, fortemente,
tanto a Filologia como a Neogramática tratem o papel dos indivíduos na língua
como algo primário. Esse propósito é feito, sem dúvida, de maneira peculiar
para ambas. Alguns nomes importantes citados como neogramáticos, além de
Friedrich August Schleicher, sempre colocado como aquele que gera a reação dos
neogramáticos, são: William D. Whitney, Karl Brugmann, H. Osthoff, W. Braune,
E. Sievers, Hermann Paul, August Leskien (apud Saussure, 1971, p.11).
Além desses, destacam-se o próprio Ferdinand de Saussure, G. I. Ascoli, H.
Osthoff e especialmente Georges Curtius, todos ligados à Universidade de
Leipzig.
O fato de se ter uma nova vertente
de estudo sob a influência das ciências naturais e do Darwinismo fez com que se
solidificasse a neogramática. Defendiam então que as leis da evolução fonética
baseiam-se em leis fixas que não variam, exceto por força de outras leis. Claro
que tais pesquisas de estudo geraram opiniões diversas de outros estudiosos.
Notas
Bibliográficas
Conceito e Origem da Filologia Românica.
MILANI, Sebastião Elias: Da Filologia, da Gramática
Comparada, Da neogramática à Historiografia Linguística.
Internet
Google
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ResponderExcluirhttp://pesquisa.fnac.pt/ia428306/ALMEIDA-FERNANDO-RODRIGUES-DE
Veja também o book trailer em
http://www.youtube.com/watch?v=yhw8VEMTWGc
Não se pode falar da origem das línguas ibéricas sem conhecer este trabalho.